24.3.21

EDUCAÇÃO | TRABALHADORES DA REDE MUNICIPAL DE S.J.DO EGITO FAZEM PARADA DE ATIVIDADES REMOTAS EM DEFESA DA EDUCAÇÃO

 

Card do SINTESJE sobre paralização realizada dia 17
Trabalhadores em Educação do Município de São José do Egito realizaram, nesta quarta-feira (24 de março) sua segunda parada das atividades remotas em defesa da Educação Pública e pela atualização do Piso com repercussão na carreira dos professores ativos e aposentados. 

A ação coordenada pelo SINTESJE (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de São José do Egito) e decidida em Assembléia pela categoria, se deu também no último dia 17 e faz parte de um esforço da categoria para que o gestor municipal cumpra as determinações da lei referente ao reajuste do Piso Nacional. 

Em fevereiro deste ano o SINTESJE entregou e protocolou oficio ao prefeito municipal solicitando audiência para tratar do assunto, sem sucesso. Em novo ofício entregue em 10 de março ( ver trecho abaixo)  o Sindicato elenca as considerações e normas que garantem os direitos dos trabalhadores em Educação e informa sobre os atos de pressão que serão realizados até que a pauta de reivindicações seja contemplada. 




6.3.21

CLIMA | Quanto choveu no Pajeú no 1º bimestre de 2021. Tuparetama teve mais chuvas

 


CULTURA | 6ª Mostra Pajeú de Cinema acontece em formato virtual até próximo dia 13.

 


A 6ª edição da Mostra Pajeú de Cinema – MPC começou dia 3 e segue até o dia 13 deste mês de março no formato virtual com programas disponíveis por 24h e debates diários com realizadores dos filmes. Serão 27 produções no total, entre curtas e longas-metragens. Além das exibições, a edição da mostra conta com atividades formativas, mesas e encontros. 

A programação completa da mostra está disponível no site www.mostrapajeudecinema.com.br. As atividades ao vivo serão transmitidas no canal do YouTube da MPC. Ao todo, sete programas compreendem a programação dos filmes distribuídos em temas diversos: Abrindo caminhos; Bate coração; Eu não sou quem você pensa que não sou; Vozes, Choque; Para as Infâncias e Vivemos o futuro de um passado que não é nosso. 

A 6ª MPC é uma realização da Pajeú Filmes e conta com o incentivo da Lei Aldir Blanc, através do Edital Festivais LAB PE. Veja programação completa: 6ª Mostra Pajeú de Cinema divulga programação completa .

COVID-19| Situação no Brasil é ameaça à América Latina e ao mundo, diz OMS

 


O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse nesta sexta-feira (5) que a situação no Brasil no âmbito da pandemia da Covid-19 é muito preocupante não só para o país, mas para a América Latina e para o mundo. 

De acordo com ele, o país precisa adotar medidas de saúde “agressivas”, ao mesmo tempo em que se distribuem as vacinas. “A situação no Brasil, nós dizemos que estamos preocupados, mas a preocupação não é apenas com o Brasil. 

Os vizinhos do Brasil, quase toda América Latina. Muitos países. Isso significa que, se o Brasil não for sério, vai continuar afetando todos os vizinhos, e além. Então, isso não é apenas sobre o Brasil, mas também sobre toda a América Latina e além”, disse, em resposta a uma pergunta do Correio. Brasiliense. 

Nas últimas semanas, o país tem vivenciado um aumento de casos e de óbitos pela doença causada pelo coronavírus, batendo o recorde de mortes nesta semana. 

Tedros ressaltou que, enquanto em muitos países observou-se uma redução de casos nas últimas seis semanas, no Brasil a tendência foi de aumento. “Acho que o Brasil precisa levar isso muito a sério”, pontuou. 

O diretor ainda disse: “A adoção de medidas públicas de saúde em todo o país, de forma agressiva, seria crucial. Sem fazer nada para impactar na transmissão ou suprimir o vírus, não acho que, no Brasil, nós conseguiremos uma queda. Quero enfatizar isso, a situação é muito séria e estamos muito preocupados. E as medidas públicas que o Brasil adotar precisam ser muito agressivas, enquanto distribui vacinas”, afirmou.

8 DE MARÇO | Fabiana Pirro em cena contra o Feminicído


A performance #MedusaMusaMulher com Fabiana Pirro volta à cena em apresentação on line com o apoio da Lei Aldir Blanc de Pernambuco. A atriz propõe uma semana de reflexões sobre a escalada de violência contra a mulher na última década, crime que teve sua incidência incrementada no período de isolamento imposto pela pandemia. 

As atividades têm início na segunda-feira (8 de Março) com o debate MEDUSA AGORA. DO MITO À MULHER e se estende até 15 de Março, com a apresentação da performance ao vivo pelo Instagram e Facebook @fabianapirro. Toda a programação é GRATUITA. 

A criação de #MedusaMusaMulher tem como base a versão grega do mito da Medusa, a sacerdotisa do templo de Atena que atraiu o desejo de Poseidon, que a violou. O estupro provocou o ciúme da deusa Atena que rogou uma maldição contra Medusa e a transformou numa Górgona, petrificando quem a olhasse. No lugar dos seus cabelos, surgiram serpentes. Por fim, Medusa é degolada por Perseu que leva sua cabeça como um presente. Qual é a versão que você conhece dessa história? 

Performance 

Em #MedusaMusaMulher, Fabiana Pirro encena a versão escrita por Cida Pedrosa e dirigida por Breno Fittipaldi, onde dá voz à mulher transformada em monstro, morta por um herói e estuprada por um deus. Um protesto sensível contra o feminicídio, uma maneira de despertar sobretudo nos mais jovens, a urgência de modificar a violência cruel e antiga sobre as mulheres, e transformar a dor em cura. 

Bate-papo 

O debate MEDUSA AGORA. DO MITO À MULHER é uma conversa entre a atriz, o diretor e a promotora de Justiça, Henriqueta de Belli, que abordará o dia a dia do enfrentamento ao Feminicídio em Pernambuco, trazendo a tragédia da Medusa para os dias atuais. A mediação é da jornalista Ana Nogueira. 

Histórico 

A performance #MedusaMusaMulher estreou em setembro de 2018 na programação do Festival Transborda do SESC Pernambuco, onde apresentou a bordo do catamaran sobre as águas do rio Capibaribe. No mesmo ano, participou da Mostra de Música Leão do Norte, do SESC Arcoverde, do I Festival Chama Violeta, na Ingazeira, ambos no Sertão pernambucano, e no Festival Ojuobá de Esporte e Cultura, em Icaraizinho de Amontada, no Ceará, onde finalmente encontrou o mar. Em 2019, a performance percorreu os mais variados palcos e eventos, promovendo debates sobre o tema do feminicídio, destaque para a apresentação em comemoração aos 13 anos da Lei Maria da Pena, a convite da Comissão da Mulher Advogada (CMA) da OAB Pernambuco. Desde o início da pandemia, tem realizado apresentações on line, como no Festival Ocupa Maravilhas e na Mostra Marcos Freitas – Território das Artes, do SESC Garanhuns. 

FICHA TÉCNICA
| #MedusaMusaMulher 
Direção e criação: Breno Fittipaldi 
Performance e concepção: Fabiana Pirro 
Texto: Cida Pedrosa 
Trilha sonora: Cannibal Santos e Pierre Leite 
Figurino: Eduardo Ferreira 
Adereços: Maria Teresa Pontes (@terafeitoamao) 
Sandália: Jailson Marcos 
Maquiagem: Henrique Mello Fotos: Renato Filho 
Produção: Ellyne Peixoto e Fabiana Pirro 
Assessoria de Imprensa: Ana Nogueira 

SERVIÇO 
8 de MARÇO (segunda-feira): MEDUSA AGORA. DO MITO À MULHER - debate com a promotora de Justiça, Henriqueta de Belli, às 17h 
15 de MARÇO (segunda-feira): apresentação da performance #MedusaMusaMulher, às 17h 
Onde: INSTAGRAM e FACEBOOK @fabianapirro 
Mais informações Ana Nogueira | Imprensa 81.99918.4817

4.3.21

HÁ 9 ANOS | EXPOSIÇÃO COM TRABALHOS DE ARTES DOS ALUNOS DO CURSO INFANTIL DO CEMIL - Durante a 15ª Feira do Livro Espírita

BRASIL | Avalanche de escândalos e não acontece nada - Por Eric Nepomuceno

Por Eric Nepomuceno, para o Jornalistas pela Democracia 

Alguma coisa estranha, estranhíssima, encobre cada um dos dias desse verão alucinante: são carradas de escândalos descendo ladeira abaixo e não acontece nada, absolutamente nada, com seus protagonistas. 
 
E não me refiro apenas ao Genocida e a canalhada que pulula ao seu redor, todos cúmplices – tanto os de terno e gravata como os de farda ou de pijama – da crescente catástrofe que se traduz no crescente número de vítimas fatais não apenas do coronavirus, mas do pior, mais abjeto e mais criminoso governo da história da República. 

Estou me referindo às revelações que surgem a cada dia não propriamente em conta-gotas, mas em generosas colheradas, e que revelam os passos dos protagonistas da maior farsa jurídica jamais vista no Brasil. 
 
Se até agora sobravam evidências palpáveis que todo o processo contra Lula e seu julgamento havia sido parcializado e manipulado por um cafajeste provinciano chamado Sergio Moro, de repente abriu-se a tampa de um caldeirão mostrando que o que aconteceu foi, muito mais que um escândalo jurídico, uma conspiração desvairada e que deu certo. Tanto deu que um cleptomaníaco assumiu depois do golpe parlamentar que afastou Dilma Rousseff e em seguida um psicopata desqualificado se elegeu presidente.

A esta altura, já não se trata de perguntar como é que outro cafajeste provinciano, Aécio Neves da Cunha, continua ativo – ele e suas incontroláveis aspirações – na política. Há outras impunidades mais escandalosas. 
 
É bem verdade que o golpe inicial começou com ele, no mesmo dia em que Dilma foi reeleita. Mas o segundo golpe, o que Moro encabeçou, teve e continua tendo efeitos muito mais avançados e concretos. Além de ter distorcido, diante da apatia cúmplice e do comportamento poltrão das instâncias superiores – todas –, o sistema judiciário brasileiro, muitos outros setores do Estado foram duramente afetados. 

O que se sabe agora, e novidades surgem de maneira incessante, é que entre os procuradores encabeçados pela figura que seria bizarra se não fosse abjeta, e que atende pelo nome de Deltan Dallagnol, os diálogos relacionados a Lula eram clara e irremediavelmente criminosos. E que, soberano, Sergio Moro pairava já não como cúmplice, mas como chefe do bando. 

Sim, sim: o Brasil padece os efeitos de um governo encabeçado por um Genocida rodeado de sequazes, com um número alucinante de vítimas fatais que nos assombra a cada hora. A tragédia se multiplica por hospitais, onde médicos enfrentam o pior dilema de uma carreira dedicada a salvar vidas: decidir quem vai morrer e quem será atendido. 

Os horrores que sacodem nosso cotidiano, em todo caso, não podem, não devem servir para mascarar um escândalo tremendo: Deltan Dallagnol, Sergio Moro e todos os seus fantoches continuam livres e soltos, perambulando por aí. 

E eles são a raiz do processo que nos trouxe para onde estamos. Eles e seus cúmplices nos grandes meios de comunicação, nos donos do dinheiro, nos quartéis, são a raiz da maior tragédia da nossa história. 

Se não fosse por Moro, Dallagnol e companhia, Jair Messias seria apenas uma estranha mescla de desequilíbrio psicológico e boçalidade extrema. E nada acontece com eles. Nada. Até quando?

8 DE MARÇO | Senso comum ignora atuação de trabalhadoras socialistas que deu origem à data

 

Russas soviéticas contribuíram para estabelecer o 8 de março como o Dia Internacional das Mulheres - (Arte: Wilcker Morais)

A luta feminista sempre esteve vinculada à luta socialista, o que é perigoso para o status quo, diz historiadora 

Todos os anos, divulga-se a história de que o Dia Internacional da Mulher surgiu em homenagem a 129 operárias estadunidenses de uma fábrica têxtil que morreram carbonizadas, vítimas de um incêndio intencional no dia 8 de março de 1957, em Nova York. 

Segundo a versão que circula no senso comum, o crime teria ocorrido em retaliação a uma série de greves das trabalhadoras. Embora essa seja a narrativa mais conhecida sobre a origem da data comemorativa, ela não é verdadeira. 

O primeiro registro remete a 1910. Durante a II Conferência Internacional das Mulheres em Copenhague, na Dinamarca, Clara Zetkin, feminista marxista alemã, propôs que as trabalhadoras de todos os países organizassem um dia especial das mulheres, cujo primeiro objetivo seria promover o direito ao voto feminino. 

A reivindicação também inflamava feministas de outros países, como Estados Unidos e Reino Unido. No ano seguinte, em 25 de março, um incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova York, matou 146 trabalhadores – incluindo 125 mulheres, em sua maioria imigrantes judias e italianas, entre 13 e 23 anos. 

A tragédia fez com que a luta das mulheres operárias estadunidenses, coordenada pelo sindicato International Ladies' Garment Workers' Union (em português, União Internacional de Mulheres da Indústria Têxtil), crescesse ainda mais, em defesa de condições dignas de trabalho. 

As russas soviéticas também tiveram um papel central no estabelecimento do 8 de março como data comemorativa e de lutas. Por “Pão e paz”, no dia 8 de março de 1917, no calendário ocidental, e 23 de fevereiro no calendário russo, mulheres tecelãs e mulheres familiares de soldados do exército tomaram as ruas de Petrogrado, atual São Petersburgo. De fábrica em fábrica, elas convocaram o operariado russo contra a monarquia e pelo fim da participação da Rússia na I Guerra Mundial. 

A revolta se estendeu por vários dias, assumindo gradativamente um caráter de greve geral e de luta política. Ao final do processo, a autocracia russa foi eliminada, possibilitando a chegada dos bolcheviques ao poder. 

A atuação de mulheres russas revolucionárias como Aleksandra Kollontai, Nadiéjda Krúpskaia, Inessa Armand, Anna Kalmánovitch, Maria Pokróvskaia, Olga Chapír e Elena Kuvchínskaia é considerada imprescindível para o início da revolução. “A história real do 8 de março é totalmente marcada pela história da luta socialista das mulheres, que não desvincula a batalha pelos direitos mais elementares – naquele momento, o voto feminino – da batalha contra o patriarcado e o sistema capitalista”, ressalta a historiadora Diana Assunção, integrante do coletivo feminista Pão e Rosas. 

Por "Pão e paz", mulheres contribuíram com o início à Revolução Russa, no dia 8 de março de 1917 / (Foto: Reprodução) 

A pesquisadora explica que houve uma articulação histórica para esvaziar o conteúdo político do 8 de março, transformá-lo em “uma data simbólica inofensiva” e em um nicho de mercado, apagando sua origem operária. “No dia da mulher, compram-se flores e presentes para as mulheres. Tentam esconder o conteúdo subversivo do significado desse dia, que é questionar o patriarcado. Tentam esconder que a luta das mulheres sempre esteve vinculada à luta socialista, perigosa para o status quo”, acrescenta Assunção. 

Em 1921, na Conferência Internacional das Mulheres Comunistas, o dia 8 de março foi aceito como dia oficial de lutas, em referência aos acontecimentos de 1917. A data foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975. 

Retornar às origens 

A cada 8 de março, mulheres trazem à tona questionamentos sobre homenagens que recebem apenas nessa data. Em todos os dias do ano, o gênero feminino é o principal alvo da violência e da desigualdade. Em resposta, trabalhadoras em todo o mundo se organizam pela defesa de seus direitos. Em 2017 e 2018, uma greve internacional teve adesão de 40 países sob o lema: “Se nossas vidas não importam, que produzam sem nós”. 

A historiadora Diana Assunção comemora esse resgate de um método de luta de classes operárias. "O que estamos vendo é que a revolta e a luta de classes têm rosto de mulher. Mas, agora, com uma cara cada vez mais operária", ressalta. "As mulheres são metade da classe operária, e as mulheres negras estão mostrando que são linha de frente em vários processos de luta". 

Assunção avalia que é importante resgatar a verdadeira origem do Dia Internacional da Mulher. Para a pesquisadora, foram as proletárias que avançaram em medidas concretas para atacar os pilares que sustentam a opressão às mulheres. “Mais do que nunca, precisamos da organização dos trabalhadores com as mulheres à frente, mostrando que são vanguarda, inclusive da classe operária, sacudindo os movimentos e os sindicatos”. 

Edição: Poliana Dallabrida
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...