7.7.20

CULTURA | Concurso de Patrimônio Vivo de Pernambuco é relançado


O Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Secult/PE e da Fundarpe, relançou  edital do 15º Concurso do Registro do Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco (RPV-PE), que foi suspenso temporariamente no dia 20 de março de 2020.

Conforme foi publicado no Diário Oficial do Estado de Pernambuco desta quarta (1º), o edital possui um calendário novo e as inscrições, a partir de agora, poderão ser realizadas de 3 a 21 de agosto de 2020. 

De maneira presencial, de segunda a sexta-feira, deverá ser realizada no horário das 9h às 16h, protocolada na recepção da Fundarpe. Pelos correios, com Aviso de Recebimento (AR), com data de postagem até o dia 21 de agosto de 2020 (último dia de inscrição), para o endereço da sede da Sescult-PE/Fundarpe (Rua da Aurora, 463/469, Boa Vista, Recife-PE, 50050-000). 


A candidatura, seja de pessoa física ou grupo, deve ser feita por uma entidade proponente, e não pelo próprio interessado. São consideradas aptas para apresentar candidatura: a Assembleia Legislativa de Pernambuco; as câmaras de vereadores dos municípios pernambucanos, além de entidades sem fins lucrativos, sediadas no Estado e atuantes a mais de dois anos. 

A avaliação das propostas é feita pelo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural – CEPPC, que anualmente escolhe seis novos candidatos que passam a receber o diploma do Governo de Pernambuco com o título de “Patrimônios Vivos de Pernambuco” além de uma bolsa mensal vitalícia, no valor de R$ 1.600,00 (no caso de pessoa física) e R$ 3.200,00 (quando for grupo, entidade, agremiação ou associação). 

Segundo o edital, “as bolsas de incentivo financeiro são destinadas a pessoas físicas ou jurídicas que tenham alcançado um estágio de reconhecida capacidade profissional ou institucional, escolhidas em decorrência de processo de seleção pública, que leva em consideração as justificativas, os currículos, o mérito e a qualidade dos trabalhos executados pelos candidatos à inscrição no RPV-PE”.

CULTURA | FESTIVAL MAPA DAS ARTES DE MÚSICA DO PAJEÚ


Com o objetivo de manter ativa a cena musical do Sertão do Pajeú em tempos de pandemia, o Movimento de Apoio aos Profissionais da Artes (Mapa das Artes) lançou um festival virtual de música. A premiação geral é de R$ 1.000,00, com classificação de 1º ao 5º lugares. O critério de escolha é exclusivo, indicando apenas qual a melhor música, e a votação será pela internet.

“O Mapa das Artes arrecada doações voluntárias para auxiliar quem trabalha na área. Como a música é uma das atividades mais ativas e de maior interação com o público, pensamos nessa forma de envolver todos e gerar renda em tempos tão difíceis”, explica Alexandre Morais, da equipe do Mapa das Artes. 

As inscrições ficam abertas de 07 a 17 de julho. A partir do 18 começa a votação. A lista de premiados sai dia 24. Podem se inscrever intérpretes individuais ou grupos, assim como pode haver mais de um compositor e vale qualquer gênero, inclusive música instrumental. Exige-se, no entanto, residência no Sertão do Pajeú há, pelo menos, um ano. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis na página do Mapa das Artes no facebook.


PAJEÚ | Região chega a 1.501 casos confirmados de Covid-19


Por André Luis no blog de Nill Junior

De acordo com os últimos boletins epidemiológicos divulgados nesta segunda (06.07), pelas secretarias de saúde dos municípios do Pajeú, nas últimas 24 horas, nove cidades registraram noventa e nove novos casos da Covid-19, e a região totaliza 1.501

Portanto, os números de casos confirmados no Pajeú ficam assim: Serra Talhada continua liderando o número de casos na região e conta com 735 confirmações. Logo em seguida, com 191 casos confirmados está Tabira, São José do Egito tem 109 e Afogados da Ingazeira está com 105 casos confirmados. Triunfo e Carnaíba estão com 59 cada uma, Flores está com 44, Iguaracy está com 34, Brejinho e Calumbi tem 31 cada, e Tuparetama tem 30 casos confirmados. Itapetim está com 20 casos confirmados, Quixaba tem 16 casos, Santa Terezinha tem 13, Santa Cruz da Baixa Verde tem 11, Ingazeira está com 9 e Solidão tem 4 casos confirmados. 

O levantamento foi fechado às 08h desta terça-feira (07.07), com os dados fornecidos pelas secretarias de saúde dos municípios.

5.7.20

HISTÓRIA | JOSÉ PATRIOTA E SUA CURTA VIDA NO CANGAÇO

Cópia do telegrama comunicando morte do cangaceiro Zezé Patriota

POR HESDRAS SOUTO
Para o CPDoc-Pajeú

No final da década de 20 do século passado, o banditismo assombrava o nordeste brasileiro a todo vapor. O cangaceirismo, fruto, dentre outras coisas, da profunda concentração de renda e terra, era matéria recorrente em jornais de vários cantos do Brasil. 

Um homem notabilizou-se e ganhou fama por suas estratégias e afrontas, chamava-se Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, O Rei do Cangaço, epíteto ganhado não por acaso. Lampião foi, sem dúvida, o mais bem sucedido líder cangaceiro que houve no Brasil. E por que não no mundo? 

Apesar de ser o nome mais emblemático quando falamos sobre o Cangaço, diversos outros cangaceiros salteavam vilas e cidades por todo o Nordeste. 

O Sertão do Pajeú, no interior de Pernambuco, foi o solo mais fértil a parir cangaceiros. Assim como Lampião, herdeiro de Sebastião Pereira e Silva, o Sinhô Pereira, que também nasceu no Pajeú, outros grandes vultos do cangaço brotaram pelas margens desse mítico rio. 

Quem nunca ouviu falar em Manoel Baptista de Morais, o lendário Antônio Silvino, O Rifle de Ouro, que precedeu o “Rei do Cangaço”, ou ainda Adolpho Meia-Noite, o cangaceiro de ascendência inglesa, que por sua vez precedeu o Rifle de Ouro? Todos são filhos do Pajeú, todos banharam-se nesse rio e todos beberam de suas águas. 

Outros dois cangaceiros contemporâneos de Lampião e igualmente nascidos na região do Pajeú foram Manoel Rodrigues e José Patriota, que agiram principalmente entre Flores, Afogados da Ingazeira, São José do Egito e nas cidades paraibanas limítrofes com Pernambuco, como Teixeira, Desterro e Patos. Vamos nos ater a figura de José Patriota ou Zezé Patriota, como ficou conhecido. 

Nascido no povoado de Umburanas, atual cidade de Itapetim, em 01/05/1896, segundo consta em cruz aposta em sua homenagem, localizada na zona rural do município citado....   (LEIA O ARTIGO COMPLETO NA CAIXA ABAIXO )
 

3.7.20

RECORDANDO | Há 10 anos, fotos da festa do São Pedro de Tuparetama de 2010

BRASIL | O FBI no núcleo da Lava Jato e a guerra híbrida, por Roberto Bueno


Via Jornal GGN 

Nota: Não é possível falar sobre qualquer assunto no Brasil sem recordar que diariamente são postas a perder cerca de 1.300 vidas à razão crescente, como se se tratasse de bens fungíveis, todas vitimadas pela Covid-19, avançando rumo a perdermos uma vida por minuto. Nas fronteiras do reino da desídia do poder político central muitas vidas inocentes que poderiam ser poupadas são expostas à morte e as suas famílias ao flagelo do sofrimento desnecessário. Enquanto tudo isto durar temos a obrigação moral de recordar e alertar diuturnamente para este genocídio do povo brasileiro conduzido pela elite e consentido pelas instituições que hesitam, titubeiam, calam e, dentre todos, os que se omitem colaboram decisivamente para o resultado genocida perpetrado. A responsabilidade é individual, mas também coletiva, e a história cobrará, inclusive, de quem escreveu e de quem leu este texto enquanto eram abandonadas à morte, aproximadamente, outras sete vidas. 

O Brasil vive sob intenso bombardeio de notícias desde o golpe de Estado contra o povo brasileiro em 2016 encarnado na derrubada de Dilma Rousseff da Presidência da República. Gravíssimas notícias são veiculadas diariamente sobre os mais diversos aspectos da vida nacional, ao que veio somar-se a morte contratada de dezenas de milhares de brasileiros(as) em face da omissão e das escolhas da administração política central. 

Neste revolto mar desde o qual todavia não se avista terra firme, eis que foi veiculada informação sobre a Lava Jato, e ela apenas confirma o que já corria em determinados círculos. A recente publicação da Agência Pública e do The Intercept Brasil neste dia 01.07.2020 informa que em outubro de 2015 procuradores da Lava Jato curitibana e advogados de delatores receberam comitiva de 18 agentes do FBI, reunião ocorrida em flagrante desrespeito à legislação nacional. 

A reportagem indica que o Procurador da República Deltan Dallagnol ocultou da Procuradoria Geral da República (PGR) as articulações e todas as dimensões da ampla colaboração estabelecida diretamente entre a Lava Jato e o FBI norte-americano. 

O problema reside em que a legislação brasileira é taxativa quanto a que tal jamais poderia ter ocorrido senão através do Ministério de Relações Exteriores, ou seja, por intermédio do Poder Executivo federal, único detentor de competência para representa a soberania do Estado e, por conseguinte, entabular relações no plano internacional. 

A confirmação destas relações pela Lava Jato colocará os seus membros como atores de ações clandestinas e ilegais em cooperação com a ação de agentes estrangeiros em território nacional. Grave a questão, o que levou Dallagnol a ser chamado a conceder diversas entrevistas para a imprensa. Em uma delas concedida no dia 02.07.2020 à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, todos fomos surpreendidos por sua falta de memória, por exemplo, acerca da participação na Lava Jato de nada menos do que 18 integrantes do FBI, dentre os quais George “Ren” McEchern, Jeff Pfeiffer, Leslie Rodrigues Backschies e Patrick Kramer, todos eles com ficha funcional já identificada no que tange às suas atividades na citada agência. 

A entrevista de Deltan contém alguns trechos instigantes, como quando, por exemplo, trata da relação da Lava Jato com o FBI, e as confirma mas, paralelamente, procura justificá-las dizendo: “E o que a gente pediu foi uma ajuda para que o FBI a partir de sua tecnologia mais avançada quebrasse a criptografia e o sigilo daquele sistema para a gente conseguir entrar e descobrir os milhões de propina que a Odebrecht tinha pago a favor de “n” agentes políticos do Brasil o que é algo extremamente irregular, isto que a gente quer como sociedade brasileira descobrir os crimes de corrupção é algo que não tem nada de errado, pelo contrário, mostra nossa diligência […]”. 

Dallagnol não responde de forma alguma, por exemplo, por qual motivo precisaria reunir-se com 18 agentes do FBI para solicitar apenas esta tecnologia. Tampouco explica a reunião mantida com outros procuradores e os advogados de defesa na presença dos agentes do FBI. 

No momento faltam elementos para que possam ser feitas afirmações. Sem embargo, sugerimos que a colaboração com os norte-americanos já vem de mais longa data, e que naquele ano de 2016 já vinha sendo aplicada para outras finalidades além desta alegada por Dallagnol para justificar a colaboração do FBI. 

Assim, por exemplo, recordamos a extrema celeridade com que as informações da gravação das conversas da Presidente Dilma com o Presidente Lula foram processadas e, logo, disponibilizadas para a imprensa, no caso, a TV Globo. 

A possibilidade de processar as informações em tão exíguo período de tempo seria possível tão somente com a tecnologia que apenas os norte-americanos possuíam à época e deste modo, portanto, não se tratava, como alega Dallagnol, de que os seus contatos com o FBI tivessem como objetivo exclusivo a quebra da criptografia de software da Odebrecht concebido para realizar o pagamento de propinas.

À certa altura da entrevista Dallagnol é interrompido pela repórter Kelly Mattos, que insiste na pergunta sobre os agentes: “Mas teve gente do FBI doutor?” Perante a direta pergunta para a qual não haveria como eludir entre comprometer-se com afirmar a presença injustificável ou comprometer-se com mentira insustentável, então, experiente, Dallagnol recorreu à zona da penumbra para ganhar tempo e elaborar estratégia: “Olhe, eu não consigo lembrar concretamente, eu teria que ir lá e recuperar”. 

À parte toda a documentação, todas as declarações, fotos, conversas, declarações de admiração, verdadeira tietagem, tudo bem documentado, quem, afinal, na qualidade de agente público, poderia esquecer ter mantido contato com agentes do FBI à trabalho no Brasil quando isto, no mínimo, é ocorrência profissional que margeia perigosamente a ilegalidade em meio a um processo de vasta repercussão nacional? Quem esqueceria isto? O quadro que estas relações sugerem é gravíssimo, aponta para violações à soberania nacional e a colonização das forças policiais e de setores do poder togado, sobressaindo a urgência de fazer com que a legalidade volte a imperar. 

Pré-requisito será a realização de eleições livres e limpas para posterior restauração da democracia, o império da Constituição e, por fim, da soberania nacional. Nada disto será concretizado sem intensa luta política popular, pois a garantia da soberania historicamente é fruto de conquista e não gracioso reconhecimento e entrega, e tampouco será este o caso do Brasil, em que está em curso a expropriação das riquezas nacionais por parte das forças que impuseram o golpe de Estado de 2016. 

Estas não hesitarão em continuar a agravá-lo sob a radicalização da ditadura militar, sob a única exceção de que a correlação de forças aponte para alto e insustentável custo para os atuais donos do poder de fato.

Desfaçatez, tudo é desfaçatez, supina e suprema desfaçatez, indesculpável e moralmente ofensiva desfaçatez contra o povo e a soberania brasileira, imperdoável para autoridades públicas que nutram respeito pela função e cargo que ocupam. 

A retomada da democracia no Brasil depende da reconstrução das instituições e restauração urgente da legalidade, mas para isto as instituições estão a requerer imediata injeção de força política que apenas a população pode providenciar nas ruas. 

O presente quadro de decomposição interna e de debilidade das instituições leva a questionar se isto teria sido possível sem que tivesse sido instaurada a sua eficiente desidratação e contaminação interna, facilitando a infiltração de agentes estrangeiros ao tempo em que utilizando sofisticados métodos de inteligência e espionagem para reorientar as ações de figuras-chave da República colocadas em posição de não-retorno. 

Tudo isto auxilia a compreender o quadro de substituição da aplicação dos velhos métodos de guerra pelo novo modelo de guerra híbrida. A finalidade em ambos os casos é a mesma, a saber, a apropriação de riquezas, como é o caso do petróleo e de recursos hídricos – dilemas que o Brasil conhece bastante bem nesta quadra histórica – assim como a ocupação de territórios com importância geopolítica. 

A grande diferença entre estes dois métodos reside nos meios empregados para o desenvolvimento das ações, pois agora, ao invés de deslocar material bélico, canhões, aeronaves e grandes contingentes humanos, tal como ocorria anteriormente, hoje há mobilização de alta tecnologia, aplicada para capturar tanto sistemas quanto recursos humanos, gente que ocupa postos-chave na administração dos Estados-alvo, seja cooptando quem os ocupa, seja determinando as suas decisões ou infiltrando indivíduos nestas posições decisivas. 

A devida atenção a este sintético resumo permite compreender quais são os motivos para a presença e intervenção de agentes estrangeiros no Brasil e tão intensa e obstinada seja a colaboração de alguns nacionais gerando estranheza apta a impor-nos dúvidas sobre o real sentido de suas motivações em face de tantas incongruências com o comportamento e decisões de tempos ordinários.

Roberto BuenoProfessor universitário. Doutor em Filosofia do Direito (UFPR).
Mestre em Filosofia (Universidade Federal do Ceará / UFC). 
Especialista em Direito Constitucional 
e Ciência Política (Centro de Estudios Políticos y Constitucionales / Madrid). 
Professor Colaborador do Programa de Pós-Graduação 
em Direito (UnB) (2016-2019). Pós-Doutor em 
Filosofia do Direito e Teoria do Estado (UNIVEM).

ELEIÇÕES 2020 | As novas datas até a votação em 15 de novembro


1.7.20

CULTURA | CONVERSAS DE ALPENDRE DA RIPA COMEÇAM NESTA QUINTA-FEIRA



Um ciclo de conversas online e ao vivo pelo Facebook (www.facebook.com/ripapernambuco), com artistas de diversos segmentos culturais, será realizado pela RIPA - Rede Interiorana de Produtores, Técnicos e Artistas de Pernambuco - nos meses de julho e agosto. 

Nesta quinta-feira, dia 02 de julho, às 19h  acontecerá o primeiro programa do "Conversas de Alpendre" falando sobre Histórias de Organização Cultural e Luta no interior com Romualdo FreitasJosé Manoel Sobrinho e mediação de Odília Nunes

O ciclo de debates "Conversas de Alpendre", pretende trazer à tona e aprofundar questões referentes à produção artística e cultural no interior de Pernambuco e seu processo histórico e político de constante resistência, lançando olhares sobre experiências de produção e gestão cultural, acesso de políticas públicas no interior, criação de redes, processo de formação de identidades e articulações políticas 

O QUE É A RIPA 

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