13.5.20

COVID-19 | Tuparetama vai endurecer as medidas de enfrentamento


Com informações do Blog de Nill Junior

O comitê gestor de enfrentamento a Covid-19 de Tuparetama se reuniu na terça-feira (12/05), com a promotora de Justiça Luciana Carneiro e com o representante da Polícia Militar, Tenente Adilson, para traçar novas estratégias e ações de impacto ao cumprimento das medidas de isolamento e distanciamento social no município. 

Preocupado com a baixa adesão da população às medidas de combate a pandemia, o prefeito Sávio Torres solicitou o apoio do Ministério Público e Polícia Militar durante os trabalhos da Secretaria de Saúde e Vigilância Sanitária. “Mesmo com a quantidade de ações que estamos realizando para minimizar os impactos do coronavírus em Tuparetama, nos deparamos com a falta de consciência sobre a gravidade do problema”, declarou Sávio. 

A partir de agora as fiscalizações passam a ser mais rigorosas e entre as novas medidas para reduzir o fluxo de pessoas nas ruas, o município contará com um maior número de efetivo policial durante as rondas educativas e barreiras sanitárias. 

A fiscalização vai atuar de forma intensa para orientar comerciantes e cidadãos e em casos de desobediência ou desacato, a pessoa pode ser conduzida até a delegacia para adoção de medidas legais cabíveis ou o comércio ser interditado.

COVID-19 | MP cobra resposta do prefeito de Tuparetama sobre ações contra Covid-19



A promotora Luciana Carneiro Castelo Branco instaurou o Inquérito Civil 001/2020, com objetivo de apurar as medidas necessárias à prevenção e controle do COVID·19 e acompanhamento das políticas públicas de saúde nos municípios de Tuparetama e Ingazeira. 

No caso de Tuparetama, ela cita o teor dos Ofícios 024/2020, 025/2020, 026/2020, 027/2020, 028/2020 e 029/2020, oriundos da Câmara de Vereadores do município, assinados peklo Presidente Danilo Augusto, bem como a Recomendação 003/2020 expedida pelo Ministério Público, que se encontram pendentes de resposta até o presente. 

Dentre os ofícios, a Câmara de Tuparetama solicitou suspensão remunerada dos servidores públicos municipais que se encaixem no grupo de risco do COVID-19, monitoramento do embarque e desembarque de passageiros que chegam e saem do município, via transporte alternativo ou empresas como ITAPEMIRIM e PROGRESSO. Ainda alternância de servidores nos locais de trabalho para não prejudicar os serviços bem como visando a redução de pessoas no ambiente de trabalho, permitindo a proteção de todos, que durante tal período de calamidade não seja efetuada a cobrança de taxas e do IPTU, levando em consideração que a maioria dos munícipes sofrerão as consequências do agravamento da crise econômica. 

Por fim, disponibilização de duas vagas para membros do Poder Legislativo no Comitê das Ações contra COVID-19, ações em auxílio aos autônomos do município que ficaram sem trabalho e renda durante o período, com cadastro dos mesmos para fornecimento de cesta básica e pagamento de aluguel de moradia quando for necessário.

ELEIÇÕES | Deputado Carlos Veras lançou cartilha para orientação a candidatos


Na segunda-feira, 11/05 o deputado federal Carlos Veras (PT-PE) lançou a cartilha “Eleição 2020- De cidade em cidade, a gente conquista o Brasil”. O livreto contém informações indispensáveis aos candidatos a vereador(a) ou prefeito(a). Todo o conteúdo também está disponível para baixar e compartilhar na versão e-book. 

O objetivo da iniciativa é fortalecer candidaturas petistas em todas as cidades pernambucanas e até brasileiras. Por meio da cartilha, os interessados poderão obter informações fundamentais sobre quem pode se candidatar, como fazer o registro das candidaturas, possibilidades de alianças partidárias, cotas por gênero, regras da propaganda eleitoral, formas de financiamento, entre outras. 

“A Eleição 2020 é estratégica para que o Brasil possa novamente encontrar o rumo do crescimento econômico, do desenvolvimento social e da justiça. Essa cartilha faz parte do nosso esforço para fortalecer as candidaturas petistas em todas as cidades brasileiras a fim de fazer valer o projeto democrático e popular do nosso partido”, explicou o deputado.

12.5.20

BRASIL | Desigualdade no Brasil registra pior índice desde 2012


Catarina Barbosa no canal Brasil de Fato 

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgou na última quarta-feira (6), dados de 2019. A análise é realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e investiga dados socioeconômicos, entre eles, educação, trabalho e renda. Um dos índices mede a desigualdade no país e constatou que em 2019, as desigualdades se mantiveram no pior nível da série desde 2012. 

Segundo a PNAD, o dado vem aumentando desde 2015 e manteve o resultado negativo de 2018. O desemprego no Brasil atingiu em 2019, R$ 12,6 milhões de pessoas. A dimensão racial é um dos fatores da desigualdade: as pessoas brancas, por exemplo, têm um rendimento médio mensal de R$ 2.999, as pardas R$ 1.719 e as pretas R$ 1.673. 

A concentração e a desigualdade econômica é medida através do índice de Gini, cujos valores variam de 0 (perfeita igualdade) a 1 (máxima concentração e desigualdade). Ou seja, quanto menor o índice, menor é a desigualdade. 

No cálculo do índice para o rendimento médio mensal recebido de todos os trabalhos, a Região Sul do Brasil teve a menor taxa: 0,451, seguido da Centro-Oeste: 0,485. Já o maior índice foi do Nordeste com 0,531. De 2018 para 2019, a Região Norte caiu de 0,517 para 0,504, a Sudeste de 0,508 para 0,504, e a Centro-Oeste de 0,486 para 0,485. 

Outra forma analisar a desigualdade é a partir do índice de Gini do rendimento domiciliar per capita. Para obter o dado, soma-se a renda mensal dos moradores do domicílio, em reais. O resultado é dividido pelo número de moradores. 

O Brasil registrou o valor de 0,543 nesse índice. O Nordeste tem a maior desigualdade (0,559), sendo a única região onde houve aumento do índice em 2019. Por outro lado, o Sul apresentou o menor índice (0,467) e o Norte a maior redução (de 0,551 para 0,537). 

Bolsa Família 

A relação da desigualdade pode ser observada também no número de acesso a bens e serviços por parte de pessoas que recebem programas de benefícios do governo. No país, 13,5% dos domicílios particulares permanentes recebiam, em 2019, renda referente ao Programa Bolsa Família, contra 13,7% em 2018. 

A cifra era de 15,9% dos domicílios em 2012, e a partir desse ano foi se reduzindo anualmente. O Norte e o Nordeste tinham as maiores proporções de domicílios com beneficiários do programa: 25,0% e 27,6%, respectivamente, e o Sul, a menor proporção (4,7%). 

O Nordeste sofreu a maior redução proporcional (- 6,1%) de domicílios com beneficiários do programa entre 2012 e 2019. O benefício de prestação continuada (BPC-LOAS) - concedido a pessoas incapazes de exercer uma atividade laboral, assim como os idosos acima de 65 anos, que não conseguem sobreviver e se auto sustentar - atendeu 3,7% dos domicílios do país, em 2019. 

O número praticamente se manteve igual ao de 2018 (3,6%) e 1,1 ponto percentual acima do de 2012 (2,6%). O rendimento mensal domiciliar per capita nos domicílios que recebiam o Programa Bolsa Família foi de R$ 352 e naqueles que não recebiam foi de R$ 1.641. 

Para os que recebiam o BPC-LOAS, o rendimento médio per capita foi de R$ 755 e, para os que não recebiam, R$ 1.433. Outro dado que reflete o aumento da desigualdade diz respeito aos acessos a bens e serviços. 

Entre os que recebem Bolsa Família, 68,5% não tinham esgotamento sanitário com rede geral ou fossa séptica ligada a rede geral, já nos domicílios que não recebiam o benefício, 72.8% tinham o serviço. 

O mesmo comportamento foi verificado em relação à posse de bens, principalmente máquina de lavar e microcomputador. Enquanto 32% dos domicílios que recebiam o Bolsa Família em 2019 tinham máquina de lavar e 12,6% tinham microcomputador, 71,4% dos que não recebiam tinham máquina e 45,6%, computador. 

 Edição: Mauro Ramos (Brasil de Fato)

ARTIGO | O reino de um mentecapto - Por Maciel Melo


Por Maciel Melo no Blog do Finfa

No ermo do silencio, o medo. A esperança enfadada, e o futuro acentuando as manchas do passado. Vultos monstruosos surgem nos delírios de uma nação temerosa, que se enclausura tentando salvar a própria pele. 

Pele esta que, já por uma peinha de nada, pendura-se, nos fiapos de suas crenças, rogando a Deus misericórdia, benzendo-se três vezes ao dia. 

Um muro é erguido pelas palavras toscas de um mentecapto que vomita sua arrogância todas as vezes em que abre a boca, para dizer, desordenadamente, qualquer coisa que fuja da razão. 

Enquanto isso, a insensatez vai às ruas, desobedecendo as recomendações da ciência, para alimentar o pior de todos os vírus: a ignorância. 

A veinha da foice está batendo à sua porta; o invisível passeia livremente pelas ruas, à espera do primeiro transeunte sem focinheira que segue as orientações de um governo completamente desnorteado e genocida. 

A morte pede passagem, a vassoura da estupidez varre o aceiro da estrada, enquanto assistimos ao caos pelas brechas da fechadura. É uma questão de dias a fome na periferia. Na rua, uma pandemia; no planalto, um pandemônio! Mas e daí? 

Daí que já são mais de onze mil mortos, sepultados sem direito a flores nem velas. Caixões lacrados, amontoados, corpos empilhados pelos corredores da morte, nos hospitais públicos, e o chefe da nação preparando arapucas e forrando o chão do palácio com os capachos milicianos, mais tenebrosos do país. 

Esse não é o Brasil de Mãe Preta e Pai João.

8.5.20

VIDEOS | Festas das Mães em Tuparetama: uma viagem ao passsado.




COVID-19 | Nicolelis: A batalha do Nordeste contra o covid-19 pode ser ganha; as brigadas de saúde precisam entrar em ação rápido


Por Conceição Lemes no Viomundo
Em 1º de abril de 2020, o Comitê Científico do Consórcio Nordeste publicou o seu boletim 01. Naquela altura, o Brasil tinha 6.836 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus, o covid-19, e 241 óbitos. Os nove estados do Nordeste somavam 1.007 casos confirmados e 27 óbitos.Os dados são do Ministério da Saúde.
Nessa terça-feira, 05/05, o Comitê Científico do Consórcio Nordeste publicou mais um boletim, o de número 6. O Brasil já tinha 114.715 casos confirmados de covid-19 e 7.921 mortes. Do total de infectados no País, 35.641 (31,1%) estão no Nordeste, assim distribuídos:
Dados do Ministério da Saúde até 05/05/2020
Comparados aos dados do Ministério da Saúde de 1º de abril,  temos em 5 de maio de 2020 crescimento de 1.578% no número de casos confirmados por covid-19 no País e aumento de 3.186% nos óbitos. No Nordeste, o número de casos confirmados cresceu 3.439% nesse período. Já o de óbitos foi de 27 (em 1º de abril de 2010) para 2.244 (em 5 de maio). Um salto de 8.211%.
Com dois complicadores à vista:
1) Tremenda subnotificação de casos no Brasil.
“É possível que seja da ordem de 10 vezes. Podemos já ter quase um milhão de pessoas infectadas “, salienta o professor e neurocientista Miguel Nicolelis, coordenador do Comitê Científico do Consórcio Nordeste.
2)  Infelizmente, ainda estamos um pouco longe dos picos do número diário de novos casos de covid-19 e de mortes.
Segundo o boletim nº 6  (na íntegra, ao final), do Comitê Científico,  simulações matemáticas realizadas até agora mostram que os picos não serão atingidos antes do mês de junho.
Logo, o pior ainda está por vir.
“Temos que ir já para o ataque nos bairros periféricos das capitais e municípios ainda com menos de 50 casos”, afirma Nicolelis. “É a nossa proposta aos governadores do Nordeste.”
Das 187 sub-regiões do Nordeste, 112 têm menos de 50 casos. É nessas áreas do Nordeste que a batalha contra o novo coronavírus pode ser ganha.
“Se conseguirmos manter a maioria dos municípios dessas sub-regiões sem explosão de casos, nós vamos ganhar a batalha do Nordeste”, anima-se Nicolelis.
Isso só será possível com a atuação das brigadas emergenciais de saúde in loco, nessas regiões.. Integrada por médicos de família, elas irão às casas das pessoas, para examiná-las e testá-las. Os nove governadores já aprovaram.
Agora, cada estado  tem que implementá-las, recrutando os “soldados” que atuarão nas frentes de batalha. Detalhe: as brigadas emergenciais de saúde não atuarão a esmo.
E, aqui, entra o uso do Monitora-Covid-19, aplicativo do Comitê do Nordeste.
Com base nas respostas de 11 mil das 70 mil pessoas que responderam as perguntas do aplicativo sobre sintomas atuais, doenças existentes — as chamadas comorbidades — idade,  sexo, o Comitê Científico já sabe, por exemplo:
*A doença mais frequente entre os indivíduos é hipertensão. Seguem-se asma e diabetes.
*41,2% não têm fatores de risco capazes de tornar a infecção pelo covid-19 mais. Já 19,1% são de alto  risco.
“Essa tecnologia vai apontar os focos críticos, nos permitindo, assim, destinar as brigadas emergenciais e os insumos para  onde elas são necessárias”, explica Nicolelis.
“Nós vamos mover a brigada com a mesma velocidade que o vírus nos ataca e onde ele nos ataca”, observa.
“Se tivermos essa primeira linha de defesa, ela vai reduzir dramaticamente a necessidade de sobrecarregar os hospitais terciários, as UTIs das cidades maiores e das capitais do Nordeste”, avalia Nicolelis.
Portanto, senhores governadores, a formação das brigadas emergenciais de saúde é URGENTE,  para ontem! Afinal, a cada dia postergado mais vidas serão perdidas.
As medidas para implantação das brigadas de saúde, aliás, é um dos tratados no Boletim nº6, do Comitê Científico do Consórcio Nordeste. 
Um boletim revolucionário. Quase certamente o primeiro plano estratégico (na íntegra, ao final) de combate ao novo coronavírus no Brasil. Seguem algumas das recomendações contidas nele e já feitas aos governadores do Nordeste.
Manutenção das medidas de isolamento social
O Comitê Científico reitera a necessidade da manutenção do isolamento dos casos confirmados de coronavírus e de distanciamento social, preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS): São as principais ações para conter o aumento do número de vítimas e não sobrecarregar os sistemas de saúde.
Portanto, é fundamental que governadores e prefeitos ampliem as medidas restritivas de isolamento social e intensifiquem as campanhas de esclarecimento da população sobre o comportamento necessário até que a evolução da epidemia indique que as medidas possam ser flexibilizadas.
Planejamento e critérios quantitativos para lockdown
No popular, trancar as ruas. Lockdown é quando todas as entradas de determinados perímetros são bloqueadas por profissionais de segurança e ninguém tem permissão para entrar ou sair sem justificativa plausível.
A OMS recomenda o lockdown quando há avanço consistente no número de pessoas infectadas e o sistema de saúde não tem capacidade para atendê-las.
O Comitê Científico recomenda aos governadores e prefeitos do Nordeste que decretem lockdown quando o número de de leitos hospitalares tenham superado  80% de ocupação e, ao mesmo tempo, a curva de casos e óbitos seja ascendente.
Regulação das vagas em UTIs
O Comitê Científico recomenda a todos os estados  do Nordeste que estabeleçam procedimentos de regulação dos leitos de UTI, para organizar fila única de acesso da população aos serviços de forma universal e igualitária.
Para o Comitê Científico, a regulação deve incluir leitos do SUS, contratados com entidades filantrópicas e os  da rede privada à disposição dos planos de saúde.
Contratação de médicos de família e de intensivistas
Os médicos de família vão integrar as brigadas emergenciais, objetivando reforçar a assistência nas unidades básicas de e a busca ativa de pessoas infectadas e mais vulneráveis, que precisam de medidas mais adequadas de distanciamento social.
Já os médicos intensivistas, além de reforçar a assistência primária nos postos de saúde, vão atuar nos hospitais destinados ao atendimento de pacientes infectados pelo covid-19, devido à falta de médicos especialistas no Nordeste.
Proteção às equipes de saúde
É o item mais extenso do Boletim 6, do Comitê Científico. Chama a atenção a quantidade de medidas de proteção destinadas a preservar a vida dos profissionais de saúde.
“É de suma importância que governos estaduais e municipais adotem urgentemente medidas que previnam a transmissão do covid-19 nos hospitais públicos”, enfatiza Nicolelis.
Entre elas, assegurar aos profissionais de saúde Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de qualidade, em quantidade adequada e  em conformidade com os parâmetros técnicos recomendados.






ARTIGO | O Brasil nunca estave tão isolado no mundo


Por Emir Sader  No Portal 247

O Brasil, que não há muito tempo, foi exaltado e reconhecido no mundo como um país líder da luta contra a fome, tendo em Lula o líder político mais reconhecido internacionalmente, passa, poucos anos depois, à paradoxal situação de maior isolamento que jamais o Brasil teve no mundo. 

Seu governo é execrado e situado sempre entre os governos mais fundamentalistas e antidemocráticos, seu presidente é ridicularizado e citado como o pior governante do mundo. Seu ministro de relações exteriores age e fala como se o mundo estivesse em plena guerra fria, há mais de meio século atrás. Ninguém o leva a sério, nem mesmo o Itamaraty, que o tolera, envergonhado. 

O país defende as mais retrógradas posições em foros internacionais, promovendo um retrocesso como nunca tínhamos vivido. Via de regra junto apenas aos Estados Unido e a Israel. Nossos vizinhos se protegem e se distanciam do governo brasileiro, não apenas a Argentina, mas até o Paraguai, que nos dá lições de proteção da sua população da pandemia e fecha suas fronteiras, para não sofrer os efeitos descontrolados do coronavírus aqui. 

O país não toma nenhuma iniciativa, seja porque não tem ideia alguma, seja porque seria alguma proposta destrambelhada, que não encontraria o apoio de ninguém. O presidente beija a bandeira dos Estados Unidos, da continência a dirigentes daquele país, louvado por ele, ao invés do Brasil. Sai do palácio presidencial cercado pelas bandeiras dos EUA e de Israel – recebendo até o protesto das entidades israelenses, pelo uso indevido dessa bandeira para um projeto ditatorial. 

A política externa brasileira é uma projeção direta do que é o governo brasileiro. Um governo isolacionista, que só se interessa pelos interesses mesquinhos do presidente de se proteger das graves acusações que pesam sobre ele, seus filhos, e a corja que o cerca. Que só busca sobreviver, atacando e tentando eliminar os que aparecem como obstáculos a seus desígnios pequenos. 

Um governo que se envolve em pequenos conflitos, sem sequer menção a que o país vai se tornando o novo epicentro mundial da pandemia, convivendo com a morte de mais de 600 pessoas por dia, sem palavra, nem menção ou atenção do presidente, envolvido em conflitos institucionais que lhe permitam controlar a Polícia Federal.

Um governo ultra neoliberal em tempos de ação estatal para proteger a população, em tempos de investimentos públicos para proteger os empregos, num país em que 62,1 milhões de pessoas se encontram em situação de fragilidade, sem os direitos elementares. 

Com um presidente que menciona várias vezes ao dia a Polícia Federal e nenhuma vez ao SUS, bastião no combate à pandemia, que sobreviveu às ofensivas neoliberais pelo seu desmonte. Um governo desses só poderia ter essa política externa. 

Só poderia apoiar a posições mais conservadoras sobre temas de gênero, de ecologia, da paz no mundo, dos direitos humanos, das questões étnicas, da defesa dos organismos multilaterais, da resolução pacífica dos conflitos, da convivência pacífica entre os distintos governos, da integração regional, da defesa dos países mais pobres do mundo, na defesa da democracia. 

O Itamaraty, que já foi louvado como o melhor ministério de relações exteriores do mundo, está reduzido a um ministério de propaganda do governo mais excêntrico e reacionário do mundo. Os quadros formados por décadas em políticas de defesa da soberania nacional, tem que defender, envergonhados, posições na exata contramão dos valores com que foram formados.

O Brasil nunca esteve tão isolado no mundo, nunca foi tão achincalhados, nunca teve sua imagem internacional tão degradadas, nunca foi constantemente citado de forma vexatória, porque tem um presidente que não foi eleito democraticamente para representar o nosso povo e o nosso país.
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