27.11.20

Se quiser ter Natal em 2021, não vá a festas neste ano", adverte sanitarista. Conselho é do fundador e ex-presidente da Anvisa


No site BRASIL DE FATO 

“A pandemia vai durar o ano que vem inteiro. A questão das festas de fim de ano é bem simples. A pergunta a ser respondida é: você quer festejar o Natal de 2021? Se for sim, não festeje o de 2020. Se for não, vá para o Natal de 2020. Quem sabe você arrume um encontro com o coronavírus e com as consequências daí oriundas para você e para as pessoas que você ama. Não tem como explicar isso de forma diferente”. 

A advertência é do médico sanitarista Gonzalo Vecina. Fundador e ex-presidente da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), ele fala ao Tutaméia sobre perspectivas para a vacina, aponta os erros de Bolsonaro, descreve a inação do Ministério da Saúde, critica as aberturas promovidas por governos, alerta para os riscos que corre a agência e examina a questão da pandemia de um ponto de vista panorâmico.

Ex-secretário de saúde da cidade de São Paulo, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Universidade de São Paulo (USP), Vecina examina as consequências econômicas e sociais da pandemia. Saúda os movimentos de solidariedade que surgiram no início do ano, mas declara: “Não tem como construir um mínimo de dignidade só com filantropia e solidariedade. Se não tiver Estado, teremos barbárie. Não tem a menor dúvida disso”. 

Para ele, será preciso distribuir dinheiro para os mais pobres, “jogar dinheiro de helicóptero”, como defendem muitos economistas de diferentes matizes. “A sociedade vai ter que passar por essa crise para chegar do lado de lá. Ou vai renovar o auxílio emergencial, ou vai ter algum outro tipo de auxilio, ou vamos ter que colocar esse presidente para fora, que é uma hipótese que é muito louvável e que deve ser considerada. O substituto não é grande coisa, mas talvez faça menos bobagem do que ele”.

O médico descreve o rosário de erros do governo Bolsonaro no enfrentamento do desastre sanitário. Condena o negacionismo, a falta de coordenação, a propaganda de remédios ineficazes, o mau exemplo de comportamento. “Esse comportamento do líder do país é extremamente inadequado e leva as pessoas a terem comportamento inadequado, que vem do mau exemplo dos governantes. É um desastre o que essa ignorância está provocando no país”.

Desigualdade, racismo, ambiente e SUS Vecina observa que a mortalidade é maior entre os mais pobres, negros, analfabetos “que têm que sair todos os dias para buscar o seu sustento e encontram o vírus. Se eles não se movimentarem, morrem de fome. Saíram e enfrentaram a morte. Em Nova York, por exemplo, a epidemia matou três vezes mais negros do que brancos. Por causa da desigualdade social, da pobreza. 

O reconhecimento da desigualdade pode ser um dos legados dessa crise sanitária. É entender que a desigualdade tem que ser enfrentada, o racismo estrutural tem que ser enfrentado”. Vecina discorre sobre a origem da covid, resultado da destruição ambiental, “a mesma destruição que está acontecendo na Amazônia, no Pantanal e já aconteceu na Mata Atlântica”. 

Ressalta: “Temos que exigir que da sociedade –e a sociedade é nossa, não é deles– um comportamento mais preocupado, mais sadio, mais civilizado com o meio ambiente. e temos que procurar ter uma sociedade mais civilizada, o que significa uma sociedade menos desigual. Temos que descobrir a desigualdade como uma excrescência, uma anormalidade. A desigualdade não é normal, é anormal. Ela só será combatida se eu quiser que seja –e esse eu é você. Você tem que querer que não exista mais desigualdade. Isso significa ter um SUS [Sistema Único de Saúde] de verdade. Não podemos permitir que privatizem e destruam o SUS”. 

Brasil está fazendo tudo errado 

Ele compara a covid 19 com a gripe espanhola (1918-1920). Naquele momento, o Brasil tinha 29 milhões de habitantes e contabilizou 35 mil mortos. Esse número transferido para o universo de hoje, de 210 milhões de brasileiros, significaria 255 mil mortos. “Estamos agora no nono ou décimo mês dessa pandemia e já passamos da metade desse número. Essa pandemia está se demonstrando tão ou mais letal do que o maior desastre sanitário que tivemos, que foi a gripe espanhola”, diz. 

“A gente vai se acostumando com as desgraças e com as coisas erradas. Temos que entender a gravidade do desastre que está acontecendo e reagir. O Estado tem que ser chamado à responsabilidade; ele tem que dar um passo atrás. Tem que mandar fechar coisas que ele permitiu que abrisse e que estão erradas em estarem abertas, cinemas, casas de espetáculo, restaurantes”. 

E enfatiza: “Tem muita coisa errada nesses planos de reabertura. Não está correto não achar que existe uma situação dramática. Não está correto não ter uma liderança federal. O Ministério da Saúde é responsável por 50% dos recursos do SUS e ele não está assumindo essa liderança. Não está correto cada Estado ter que descobrir o que vai fazer. Não estamos sendo suficientemente exigentes com o uso de máscaras. As máscaras são fundamentais. A máscara protege o próximo, não me protege. É preciso evitar sair de casa desnecessariamente. Não estamos testando; está errado. Estamos fazendo tudo errado. Falta coordenação federal”. 

O médico analisa nesta entrevista as ações dos diversos governos no enfrentamento à pandemia. Critica o modelo sueco, defendido por governistas. “O modelo sueco deu em mais mortes e em falência da economia”, resume. Vacinação precisa de Estado Ao Tutaméia, Vecina fala de sua apreensão sobre o próximo desafio: a vacinação. Compara as diversas vacinas em questão e prevê que o país possa vacinar até o final do ano que vem 160 milhões de brasileiros. Ressalta que é urgente construir um plano de vacinação, definindo, por exemplo, quem vai ser vacinado em primeiro lugar: profissionais da saúde, idosos, portadores de comorbidades. Quem mais? Trabalhadores do transporte coletivo, o pessoal das penitenciárias, moradores de alguma região onde o vírus esteja mais ativo? Há ainda muitas decisões a tomar sobre logística, organização, mobilização. 

“Precisa começar a discutir isso. Precisa de uma inteligência no Ministério da Saúde funcionando. Precisa de governo, se não nós não vamos utilizar de maneira inteligente [a vacina]. Precisamos de governo, e é o que nós não temos. Espero que a sociedade acorde para isso e exija que o governo governe. E que o Ministério Público faça o seu papel, porque isso é papel do Ministério Público também. E também da imprensa. Para que a sociedade possa se posicionar para essa possibilidade de desastre que estamos vivendo. Vai ser um desastre se governo federal não assumir a vacina”. 

Temor sobre indicado de Bolsonaro para Anvisa 

O criador da Anvisa fala da polêmica em que a Agência se envolveu com o Instituto Butantã em relação aos testes da vacina chinesa, interrompidos brevemente após o suicídio de um voluntário. Para ele, o caso resultou da falta de diálogo. “Tenho confiança nos servidores da Anvisa. São servidores são de carreira, estáveis, que lutarão pelo que construíram. O que tem lá na Anvisa não é dos atuais diretores; é fruto de uma geração. Tenho certeza de que os servidores não permitirão [o uso político da agência]. Sabem que é uma agência de Estado, não de governo. Que não têm que responder ao presidente. Que o presidente vai, e eles ficam. Os servidores não permitirão que aconteça uma coisa dessas. Mas tenho medo do futuro”. 

Isso porque Bolsonaro indicou para a direção da agência o tenente-coronel Jorge Luiz Korman. “Esse diretor indicado, esse tenente-coronel não sabe o que é saúde. É um negacionista. Espero que o Senado faça o papel de representante do povo e reprove esse sujeito. Ele não tem uma biografia. Só fez Agulhas Negras. Espero que não seja diretor da Anvisa”.

ANÁLISE | Paulo Guedes, o negacionismo e o imbecil econômico


Por Luis Nassif no site GGN

Não há outra definição possível para Paulo Guedes: é o representante máximo do imbecil econômico. Sua última afirmação, exaltando a falta de produtos no mercado interno, é o negacionismo mais ostensivo que já testemunhei em 50 anos de jornalismo. Segundo ele, a falta de produtos é “bom sinal”, mostrando que a demanda de consumo está sendo retomada. 

“Derrubamos um pouco a capacidade produtiva [no início da pandemia], os estoques não foram repostos e de repente [houve] um empurrão de demanda forte. Falta papel, embalagem (…) Mas é bom sinal, de que a demanda está vindo, está puxando”, afirmou Guedes, segundo o jornal Valor Econômico. 

Guedes, que anunciou na fase imediatamente pré-pandemia, uma recuperação econômica que jamais ocorreu, prosseguiu em sua terraplanice vazia, sustentando que a recuperação econômica é visível, mas só se realizará se vierem as tais reformas. O jogo de frases de efeito recorrentes perdeu validade. É um vendedor de vitaminas do velho oeste.  

20.9.20

HISTÓRIA | PESQUISADORES DO CPDoc-Pajeú CRIAM PROJETO PARA PRESERVAR OS LIVROS ANTIGOS DA PARÓQUIA DE FLORES.

Pesquisadores do Centro de Pesquisa e Documentação do Pajeú (CPDoc-Pajeú) estiveram na cidade de Flores (PE) dando início a um trabalho junto à Paróquia da Imaculada Conceição para catalogação, higienização e digitalização dos antigos de Livros de Batismo, Óbito, Casamento e outros. 


Através da incrível gentileza e sensibilidade do Padre Aldo Guedes, a equipe de pesquisadores teve acesso amplo ao material. “O Padre Aldo tem a preocupação em preservar não somente a história de Flores, mas também a história do Pajeú. Esses documentos contém a história de pessoas anônimas e também de pessoas que foram importantes na história do nosso País, mas que, na maioria das vezes, não é conhecida por nós, pajeuzeiros. Nesses documentos provavelmente encontraremos as raízes do personagem Pajehú, um dos homens mais citados por Euclides da Cunha em Os Sertões. Talvez aqui encontremos algo sobre Maria Francisca da Conceição, a Maria Curupaiti, uma mulher nascida na região do ‘Pajeú das Flores’ que acabou indo lutar na Guerra do Paraguaia”, destaca o Historiador Alexsandro Acioly, um dos pesquisadores do CPDoc-Pajeú. 

Segundo o Sociólogo Hesdras Souto, Membro-Fundador do CPDoc-Pajeú, a ideia surgiu justamente para evitar a perda de documentos ou livros antigos do Pajeú, e junto com eles parte de nossa secular história. Para o pesquisador, “todo o material precisa ser protegido devido aos séculos de manuseio, por isso fazemos um trabalho de higienização, digitalização e guarda, tudo de forma ‘ProBono’ (sem custo algum pra Igreja). Somos uma Instituição sem fins lucrativos, nosso preço é a preservação dos documentos da nossa história”. 

Já o Filósofo Lindoaldo Campos, também pesquisador e Membro-Fundador da instituição, disse que todo o trabalho de CPDoc-Pajeú é feito com o maior zelo e a maior boa vontade possível, pois acredita que a riqueza do material que precisa ser protegido é imensurável para a história da nossa gente. “Nesses livros estão a história de nossos antepassados, dos índios do Pajeú, das pessoas que foram escravizadas, dos coronéis, dos cangaceiros, dos poetas e de todos os personagens que povoam o imaginário do Pajeú das Flores”. 

Essa foi apenas a primeira viagem dos pesquisadores do CPDoc-Pajeú à antiga “Freguesia de Flores”, como eles costumam chamar carinhosamente a cidade de Flores. Outras viagens serão realizadas até que os livros do século XIX também estejam catalogados, higienizados e digitalizados. As fotografias serão entregues a Paróquia para formação de um banco de dados digitais dos livros antigos para evitar que acabem se deteriorando por completo. 

A Freguesia de Flores do Pajehú, seu antigo nome, foi criada no século XVIII, precisamente em 11 de setembro de 1783, sendo a primeira freguesia criada no interior de Pernambuco. 

Fazem o CPDoc-Pajeú: Aldo Branquinho Alexsandro Acioly Edvânia Leite Felipe Pedro Leite Hesdras Souto Ivandelson Borges Jair Som Lindoaldo Campos Odília Nunes Padre Luizinho Marques Rafael Moraes



SAÚDE | Secretário do Estado alerta para riscos nas campanhas eleitorais durante a pandemia


Em tom de crítica na coletiva online na última quinta-feira (17 de setembro), o secretário estadual de Saúde, André Longo, alertou para os riscos nas aglomerações durante a campanha eleitoral no atual cenário de pandemia do novo coronavírus. Na ocasião, ele falou sobre acontecimentos dos últimos dias, sobretudo no interior do Estado, que teve muita gente reunida sem qualquer proteção facial. 

Durante as campanhas municipais as medidas restritivas e sanitárias precisam ser respeitadas. Assim, encontros remotos e eventos com público limitado ou no sistema drive-tru são os mais indicados. Na coletiva, o secretário lembrou que um eventual aumento de casos pode interferir no andamento do plano de convivência. 

“É preciso entender que o distanciamento social é uma nova regra. É uma nova necessidade. Todos gostaríamos de voltar ao normal, mas não há normalidade quando temos a circulação de um vírus com grande poder de contaminação e propagação e que pode causar a morte da população mais vulnerável”, lembrou. 

André Longo lamentou que as aglomerações estejam cada vez mais frequentes. “É lamentável. Recebi imagens de alguns eventos políticos em algumas cidades do interior que mais pareciam um Carnaval. Isso é um total desrespeito a toda sociedade. São exemplos negativos que podem custar muito caro”, alertou.

ELEIÇÕES 2020 | Convenção oficializa pré-candidatura de Sávio e Diógenes à Prefeitura de Tuparetama

Com informações do blog de Marcello Patriota

Na última quarta-feira (16 de setembro), foi  realizada a Convenção Municipal do PTB e SOLIDARIEDADE confirmando a pré-candidatura de Sávio Torres e Diógenes Patriota à Prefeitura de Tuparetama. As chapas majoritária e proporcional vão concorrer com um total de doze pré-candidatos que disputarão às vagas da Câmara de Vereadores. 

Em seu discurso Sávio Torres falou que  “Realizamos um trabalho que vem ganhando repercussão na região, tudo isso devido cuidado com a saúde, educação, assistência social, infraestrutura, agricultura e a limpeza da nossa cidade. Agora, contamos com o apoio e parceria do vereador Diógenes Patriota, jovem liderança que chega para somar e reforçar a caminhada pela Tuparetama que queremos pro futuro.”, 

Representantes do Ministério Público e Vigilância Sanitária, estiveram no local da Convenção e não identificaram nenhuma irregularidade nos protocolos determinados pelos órgãos oficiais de saúde

ELEIÇÕES 2020 | PTC DE TUPARETAMA HOMOLOGA CHAPA DE CANDIDATOS A VEREADORES

 

Na última terça-feira (15 de setembro), o Partido Trabalhista Cristão - PTC - do município de Tuparetama homologou a chapa de candidatos a vereadores, para concorrerem às Eleições 2020, composta por cinco nomes, sendo três do sexo masculino: Ailton Miguel; Dimas do Pipa e Gustavo (Branco); e dois nomes do sexo feminino: Drª Cecília Souto e Socorro do Logradouro. 

O Diretório Municipal do PTC optou por não apresentar candidatos ao cargo de prefeito e vice, assim sendo irão concorrer de forma isolada nas eleições deste ano, sem coligação, com projeto voltado apenas  para candidatura de seus vereadores. 

A convenção municipal do PTC aconteceu nas dependências da Fazenda Cantinho, zona rural de Tuparetama, de forma segura e tranquila, obedecendo todos os protocolos de segurança sanitária que estão vigentes.

ELEIÇÕES 2020 | Convenção do PSOL e PT "MUDE-Tuparetama" confirmou nomes de Junior Honorato e Reinaldi para prefeitura

 

Por Hesdras Souto, especial para o blog

Na última terça feira, (15 de setembro) foi realizada a Convenção da coligação MUDE-Tuparetama, que reúne os partidos PSOL e PT, para homologarem os candidatos que disputarão as eleições em 15 de novembro deste ano. 

Os nomes escolhidos durante o evento foram o de Júnior Honorato para a candidatura a prefeito pelo PSOL e Reinaldi Daniel como vice-prefeito pelo PT. Os nomes que compõem a chapa na proporcional são todos do Partido dos Trabalhadores. Após a homologação dos nomes, todos usaram da palavra para destacarem o forte desejo de mudança e o fortalecimento da democracia e da transparência, através da pluralidade de pensamentos e do compromisso de cumprir um programa de governo construído junto à população. ]

Reinaldi Daniel fez questão de dizer que apesar de seus 74 anos se sente revigorado para disputar a sua primeira eleição, "já fui convidado várias vezes, mas nunca aceitei por não encontrar quem comungasse dos mesmos ideais, mas hoje eu encontrei", frizou o pré-candidato a vice. 


Na sua fala, Júnior Honorato agradeceu a sua família que o acompanha nessa travessia e ao grupo político que sempre o acompanhou, também agradeceu às pessoas que contribuíram e contribuem com a formação de um plano de governo para o município. "Foram mais de dezoito lives com vários convidados, e variados temas que foram discutidos, com também ideias apresentadas por pessoas que conhecem os problemas e sugerem soluções". 

A intenção do grupo é fazer um mandato com participação popular de fato, ouvindo reclamações e sugestões da população, além de total transparência com os gastos públicos, tudo no intuito de oferecer uma melhoria na gestão dos município e na qualidade de vida das pessoas.
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