25.8.20

BRASIL | Jornais da grande mídia condenam Bolsonaro em editorais

 

Três dos chamados "grandes jornais" da mídia  brasileira (Estadão, Globo e Folha de São Paulo) trouxeram  em seus editoriais duras críticas ao comportamento do presidente Bolsonaro e sua recusa em dar explicações sobre os depósitos do reu Fabrício Queiroz em contas da primeira-dama.   

O Estadão: Bolsonaro recorre à selvageria porque não tem resposta para seus crimes
- Em editorial, o jornal lembra também que o desvio de salários de servidores públicos para pagar gastos pessoais da família caracteriza uma série de infrações, tais como peculato, concussão e improbidade administrativa. No editorial, indaga: "Que pergunta foi essa, afinal, que causou reação tão truculenta de um presidente que, conforme a crônica política de Brasília, havia se metamorfoseado em democrata de uns dias para cá?" O repórter, do jornal O Globo, perguntara a Bolsonaro que explicação ele tinha para os depósitos de R$ 89 mil em cheques na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro, feitos por Fabrício Queiroz e pela mulher deste, Marta Aguiar. Fabrício Queiroz, como se sabe, é o pivô do escândalo da 'rachadinha'. Além de sua flagrante imoralidade, tal conduta caracteriza uma série de infrações, tais como peculato, concussão e improbidade administrativa", aponta ainda o texto. 

Globo pergunta, em editorial: Bolsonaro, por que Michelle recebeu R$ 89 mil do Queiroz?
"O presidente continuou ontem a agredir a imprensa. Mas ainda não respondeu à pergunta: por que sua mulher, Michelle, recebeu R$ 89 mil do Queiroz?", aponta o texto. O jornal O Globo, que apoiou o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff e a prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fenômenos que garantiram a eleição de Jair Bolsonaro, projeto de ditador que hoje ameaça a própria Globo, levantou o questionamento, em editorial, sobre a corrupção do clã Bolsonaro. 

Folha cobra de Bolsonaro uma resposta para o escândalo de corrupção na família -  O Jornal pergunta por que Jair Bolsonaro não responde sobre os  salários de servidores públicos que foram desviados e usados para pagar despesas pessoais de Michelle Bolsonaro e de sua família. "Prestar contas de seus atos não é uma opção do chefe de Estado ou de quem quer que exerça função pública. Trata-se de mandamento democrático que será cumprido cedo ou tarde, de modo colaborativo —que é o mas indicado— ou não. Em vez de produzir mais fumaça para desviar a atenção do caso Queiroz, seria melhor o presidente explicar por que R$ 89 mil em cheques do famigerado assessor acabaram na conta da primeira-dama", lembra ainda o editorial do Globo.
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