O Centrão da Câmara Federal não pretende aprovar a mudança da data da eleição para o primeiro turno em 15 de novembro e o segundo turno em 29 de novembro, conforme aprovado pelo Senado.
Segundo o jornalista Magno Martins, o bloco conhecido como Centrão já anunciou que vai barrar o adiamento. O deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), vice-presidente da Câmara e um dos principais líderes do Centrão, já avisou ao presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) que não dará os votos necessários e que tem o aval do presidente Jair Bolsonaro nessa articulação.
Para parlamentares contrários à mudança prorrogar as eleições para 15 de novembro, Dia da Proclamação da República, beneficia a oposição. Prefeitos argumentam que adiar a corrida eleitoral favorece os adversários porque dá mais tempo para que candidatos rivais se organizem e façam campanha, ainda que de forma virtual. A avaliação é a de que, como a pandemia dificulta o debate político, quem já está no cargo leva vantagem.
Partidos como Progressistas e Republicanos, integrantes do Centrão, já se manifestaram contra a nova data das disputas municipais e o PL também tende a seguir esse caminho.
Diante do impasse, o DEM está dividido e o MDB liberou a bancada para votar como bem entender.
Para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), “Não há consenso. A única certeza é que a gente precisa dialogar mais sobre isso e espero que a gente consiga organizar essa votação”, disse.