Ana Marques - Revista Seleções
Desde que o coronavírus foi declarado pela OMS como uma pandemia, na última quarta-feira (11), muitos países vêm adotando medidas de prevenção com base no “distanciamento social”.
O termo ganhou destaque em redes sociais na última semana, após ser tuitado em caixa alta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mas ainda há quem não entenda a real importância de ficar em casa – em uma espécie de quarentena – mesmo sem ter sido diagnosticado com o Covid-19 ou tido contato com uma pessoa infectada.
No Brasil, há escolas e universidades – públicas e particulares – que tiveram suas atividades suspensas. O trabalho em casa compulsório foi adotado por algumas empresas nas quais é possível realizar o trabalho de forma remota. Eventos de grande e médio porte também foram cancelados em várias partes do país.
Toda essa movimentação também está sendo feita internacionalmente – em maior escala – e tem um motivo: evitar aglomerações para que o vírus se propague de forma mais lenta.
A estratégia visa impedir que o sistema de saúde fique sobrecarregado, o que resultaria em um maior número de casos dentro de um curto período de tempo e poderia elevar a taxa de mortalidade.
“Estou bem e não faço parte do grupo de risco. Por que eu deveria ficar em casa?”
Indivíduos que não fazem parte do grupo de risco do Covid-19 devem evitar a doença tanto quanto os que fazem. Em primeiro lugar, porque o coronavírus se espalha facilmente. Uma vez infectados, esses indivíduos podem acabar transmitindo o vírus para outras pessoas que, de fato, sejam mais vulneráveis.
Em segundo lugar, porque quando uma pessoa é infectada – seja ela velha, nova, com problemas crônicos respiratórios ou não – há a necessidade de tratamento.
Trata-se, portanto, de um exercício de solidariedade. Isso pode sacrificar algumas das suas atividades rotineiras, como aproveitar a folga do final de semana para ir à praia, mas tende a trazer bons resultados para a saúde pública.
Se não pelos outros, por você mesmo…
Há ainda um terceiro e bom motivo para evitar contato social e, consequentemente, a contração do coronavírus: estudos mostram que alguns pacientes podem ter sequelas pulmonares, mesmo quando curados da doença.
"Vou pegar coronavírus se sair de casa para ir à academia ou ao supermercado?"
Provavelmente não. Se você seguir as recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) que indicam a higienização correta das mãos e a distância de 01 metro de pessoas que estiverem tossindo ou espirrando, os riscos são baixos, por enquanto.
O coronavírus não está no ar, ele se espalha por gotículas que entram em contato com mucosas dos olhos, nariz e boca – é o caso de quando alguém infectado espirra ou fala muito próximo a você; ou acaba tossindo na mão e encostando em uma superfície que depois será tocada por diversas outras pessoas.
A chave para o equilíbrio é ter bom senso e estar alerta às mudanças na sua região.
Texto editado pelo blog/ Com informações: OMS, South China Morning Post
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