HÁ 25 ANOS ACONTECIA EM TUPARETAMA A 1ª APRESENTAÇÃO DA BANDA FILARMÔNICA PAULO ROCHA
Por Tárcio Oliveira
Uma data
bastante significativa será comemorada esta semana em Tuparetama. Trata-se dos
25 anos da primeira apresentação oficial da Banda Filarmônica Paulo Rocha, sob
a regência do inesquecível Mestre Ulisses. O aniversário é merecedor de comemoração,
pois reafirma a importância cultural e a persistência da Banda Paulo Rocha,
patrimônio do município. Num
lugar onde Cultura é confundida com evento festivo e onde grupos e bandas não
conseguem longevidade, a presença ativa da Banda Paulo Rocha merece nossos
aplausos.
Pedro Tunu e Vitalino Patriota saúdam o Professor Ulisses (ao centro) após apresentação de estréia da Banda (1992)
Como
ex-diretor e ex-secretário de Cultura nas gestões passadas dos prefeitos Pedro
Tunu e Vitalino Patriota, respectivamente criador e renovador da Banda Paulo
Rocha, tive o privilégio de acompanhar de perto, passo a passo, todas as ações,
dificuldades, superações e realizações da Banda e a trajetória de tantos
músicos que por ela passaram. Mais que
isso, embora não sendo músico, pude contribuir um pouco com essa história,
tendo a satisfação de ser o criador de todos os fardamentos, civis e de gala de
1990 a 2014 utilizados pelos músicos da banda, além das logomarcas da
Filarmônica.
Integrantes da Banda Marcial Paulo Rocha
Mas vamos ao que
importa, a história: A trajetória da Banda Paulo Rocha começou no início da
década de 80, quando foi criada uma Escola de Música na cidade pelo então prefeito
Pedro Torres Tunu. Ele recuperou alguns instrumentos da antiga Filarmônica Bom
Jesus e adquiriu outros novos. Foi Pedro Tunu também quem deu o nome de Paulo
Rocha à escola e posteriormente à banda.
Uma curiosidade interessante é que a escola de música funcionou
inicialmente numa sala dentro da Prefeitura Municipal ao lado do gabinete do
prefeito. O local era provisório mas inconveniente, daí veio a mudança para uma
sede mais apropriada, num armazém na travessa Andrelino Rafael. Os primeiros
alunos da escola de música formaram a Banda Marcial Paulo Rocha que chegou
a apresentar-se com mais de 60 componentes nos desfiles de 7 de setembro da
cidade.
Em 1990 o Prefeito Vitalino Patriota se empenhou em reativar
a Escola e Banda Paulo Rocha. Adquiriu novos instrumentos e contratou o
professor Ulisses Lima (Belo Jardim) para
as aulas, que aconteceram numa sala da Escola Paroquial. Sob a regência do
professor Ulisses e coordenação da Casa da Cultura, formou-se a Banda Filarmônica
Paulo Rocha. Sua primeira apresentação
pública oficial deu-se em 15 de novembro de 1992, data que completa 25 anos. A
programação de 15 de novembro de 1992 incluiu alvorada musical pelas ruas da
cidade, missa em ação de graças na igreja matriz, retreta no centro da cidade à
noite e oferecimento de um coquetel para os músicos e seus familiares. (Confira os vídeos a seguir)
Componentes da Banda Paulo Rocha sob regência de Cheiroso
Com a saída
do professor Ulisses em 1993, os
ensaios e regência da banda foram assumidos pelo músico Cheiroso, de
Sertânia. Depois de Cheiroso tivemos algumas
tentativas rápidas e sem sucesso com outros regentes da região. A retomada do
brilhantismo e recuperação da Banda Paulo Rocha do final dos anos 90 até a
atualidade se deu pelas mãos de músicos formados pelo Mestre Wlisses, filhos de
Tuparetama, ou seja, pelos regentes Mário Jorge Liberal Soares, Cícero Gilvan
da Cruz (Doda) e Givanildo Neves.
Givanildo é o atual professor de música e regente da Paulo Rocha, sendo
também o músico com maior tempo de regência à frente da Banda.
Homenagem ao Professor Ulisses na Festa dos 40 anos de Tuparetama, no 1º Encontro de Bandas de Música.
Prefeito Vitalino Patriota entrega placa ao regente da Banda Paulo Rocha, Mário Jorge L. Soares
Momentos diversos da Banda Paulo Rocha sob regências de Cheiroso, Doda e Jorge Soares ( da esquerda para a direita, de cima para baixo)
Regente Givanildo e músicos da geração atual da Banda Paulo Rocha
Banda Paulo Rocha em apresentação de 7 de setembro sob a regência de Doda
Banda Paulo Rocha em apresentação nas comemorações do Cinquentenário do município.